GP de France Historique reúne passado e presente da F1
- ogalofrances
- 28 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 7 de mai.
Por Marcio Arruda O Grand Prix de France Historique, tradicional encontro de carros emblemáticos dos anos 1970, 80 e 90 da Fórmula 1, foi realizado neste fim de semana (26 e 27/04) no circuito de Paul Ricard, em Le Castellet, no sul da França. O evento reuniu Charles Leclerc, piloto da Ferrari, Frédéric Vasseur, chefe da equipe italiana, e Zak Beown, CEO da McLaren, além de campeões e ex-pilotos de F1.
Na edição deste ano, a grande atração foi Alain Prost. O tetracampeão da F1 voltou ao cockpit da McLaren MP4/3 equipado com motor turbo da Porsche. Este modelo, guiado pelo francês em 1987, ajudou Prost a quebrar o recorde de vitórias na Fórmula 1. Na ocasião, ele venceu o GP de Portugal e chegou a 28 triunfos na categoria, quebrando a marca de Jackie Stewart que já durava 14 anos.

Fotos: Alexandre Montessinos
Além da lenda francesa, outros ex-pilotos de F1 também participaram do evento, como Mark Webber, que pilotou o Jaguar R5 da temporada de 2005, e René Arnoux, que acelerou o Renault RE40 turbo, que ele competiu em 1983.
Para celebrar os 20 anos do primeiro título de uma equipe francesa na F1, Franck Montagny acelerou o Renault R25 com motor V10, que conquistou o mundial de 2005 com Fernando Alonso (campeão daquele ano) e Giancarlo Fisichella (quinto colocado naquele mundial).

O evento ainda reuniu os ex-pilotos de F1 Jean Alesi, que voltou a pilotar o Tyrrell 018, de 1989, que foi o primeiro modelo de F1 que o francês guiou, Thierry Boutsen (Wolf WR1), Stefan Johansson (McLaren M29), Philippe Alliot (Larrousse LC89) e David Couthard, que machucou um dos ombros e não entrou em cockpit.
O GP de France Historique viu filhos de vencedores famosos, como Jacques Villeneuve, campeão mundial em 1997, que guiou a Ferrari 312 T5 imortalizada em 1980 por seu pai Gilles. Além do canadense, Adrien Tambay pilotou a McLaren M28 de 1979 do pai Patrick, Nicolas Prost conduziu o Renault RE40 de 1983 do pai Alain e Victor Jabouille guiou o Renault RS10 de 1979 do pai Jean-Pierre.
Numa das corridas de masters disputadas no domingo, sob chuva, destaque para a vitória do F8 da equipe Fittipaldi, que foi guiado pelo britânico Dan Eagling.
Abre aspas:
Charles Leclerc: “É incrível ver tanta gente, tanta paixão pelos carros de Fórmula 1. Isso prova o quanto o GP da França precisa voltar à F1. Ouvir o som dos motores V10 novamente é incrível. Eu espero que voltemos a escutar esse som na F1 no futuro.

Jean Alesi: “Este Tyrrell foi meu primeiro F1. Lembro que, na época, em 1989, eu vim disputar uma corrida e acabei fazendo mais 200! Foi demais voltar acelerar o Reynard F3000, que me ajudou a conquistar o título daquele mesmo ano, e que era da equipe de Eddie Jordan, que morreu neste ano.”
Alain Prost: “É uma sensação ótima estar aqui e voltar ao volante desta McLaren. Ela não foi campeã mundial, mas, mesmo assim, venceu três GPs. Ela faz parte da história. A potência do motor Porsche é incrível. Me pergunto até hoje como conseguíamos controlar esses F1s turbo de 1200 cv!”

Jacques Villeneuve: "Eu vim com o capacete daquela época. Esses carros de F1 são rápidos, lindos, precisos e fantásticos de pilotar."
David Coulthard: “Quando Jean [Alesi] pede para você vir aqui, é como se fosse uma intimação! Infelizmente não pude dirigir porque machuquei meu ombro, mas é maravilhoso ver esses carros incríveis."
Thierry Boutsen: “A aura deste evento é incrível!”
René Arnoux: “Costumo dizer que paixão é algo que se compartilha. Então, deixo aqui o meu grande obrigado ao público por estar conosco aqui.”
Philippe Alliot: "É ótimo compartilhar esse entusiasmo com o público e um prazer voltar a pilotar o Larrousse que guiei na F1. Tinha até esquecido como o motor Cosworth V8 tinha tanta força!"

Zak Brown: "Tive a chance de pilotar o Jaguar XJR-9 no Grupo C da corrida de masters. Foi minha primeira vez aqui. É um evento fantástico! A organização e o Jean [Alesi] fizeram um ótimo trabalho. É muito bom ver toda essa galera reunida."
Frédéric Vasseur: “É bom rever tantos espectadores num autódromo daqui da França. Misturar o mundo da F1 antiga e moderna nesta ocasião é simplesmente sensacional. A paixão é o denominador comum de todos que estão aqui.”








Comentários