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A emoção de correr a Maratona de Paris

  • ogalofrances
  • 5 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 11 de abr. de 2024

Francesa, que ficou com corpo paralisado há pouco mais de um ano, vai competir na tradicional prova da capital da França Domingo é dia de preparar o fôlego. Uma das mais importantes corridas será disputada no próximo domingo (07/4). A Maratona de Paris vai reunir atletas consagrados. Assim como acontece neste tipo de prova em todos os cantos do planeta, os etíopes e quenianos são os favoritos à vitória da edição 2024 na capital francesa. Vivian Cheruiyot, Elisha Rotich, Léa Navarro, Marjolaine Nicolas, Yuki Kawauchi e Abeje Ayana, vencedor de 2023, são os grandes nomes que estarão presentes nas ruas de Paris.

Além dos profissionais, a Maratona de Paris atrai milhares de competidores amadores. Cada um com um objetivo; cada um com sua história. E são muitas! Uns com o simples prazer de resistir à fadiga que o corpo muitas vezes impõe. Outros com lindas histórias que emocionam pela perseverança e resiliência.

Entre as milhares de mulheres que estarão desafiando suas resistências nos 42 quilômetros da Maratona de Paris, estará Audrey Lopez. Aos 26 anos, a francesa vai disputar sua primeira maratona.

Esta guerreira carrega uma história incrível de vida. Uma verdadeira prova de amor e superação de quem simplesmente ama a vida.


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Fotos: Arquivo Pessoal

Há pouco mais de um ano, ela descobriu ser portadora da Síndrome de Guillain Barré. “Os primeiros sintomas apareceram no início de janeiro do ano passado. Fiquei dez dias internada no hospital Saint Joseph, em Paris. Por causa da síndrome, perdi o movimento dos membros superiores e inferiores. Minha visão e minha fala também foram afetadas; só não perdi a consciência. Em poucos dias, eu não conseguia mais andar e nem comer sozinha”, lembra Audrey.

“Mesmo sendo jovens, não somos invencíveis”

A Síndrome de Guillain Barré atinge pessoas de diferentes maneiras, assim como o tratamento é feito de formas diferenciadas.  Quem tem a síndrome pode apresentar sequelas. Andrey vivenciou toda situação e hoje, após muita luta e força de vontade de viver, está 100% saudável.

“Às vezes tenho crises agudas de cansaço, que é algo que nunca tive. Percebi que mesmo sendo jovens, não somos invencíveis e que tudo pode acontecer muito rápido”, relatou.

Andrey contou que um mês após ficar internada para o tratamento da Síndrome de Guillain Barré, precisou reaprender a andar. “Precisei ensinar meu corpo a fazer coisas que fazia naturalmente. O corpo tem memória, então a recuperação foi um pouco mais fácil. Nunca poderei agradecer o suficiente às equipes médicas que me apoiaram. No mês seguinte, pude voltar para casa, mas fui submetida a sessões de fisioterapia”, contou.

Recuperada do terrível período que ficou debilitada, Andrey decidiu voltar a praticar esportes. Como tinha participado da meia maratona de Paris em 2022, ela tinha a ideia de correr a maratona no ano seguinte. Mas a síndrome obrigou Andrey a adiar seus planos.


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“Gosto muito de desafios e tenho um objetivo de tempo para esta maratona em mente. Estou me preparando há muito tempo e seria ótimo alcançá-lo”, revelou. E a francesa não parou por aí: “Se eu puder dar esperança a outras pessoas que já passaram por este tipo de trauma, farei isso com prazer”. E com certeza Audrey esbanja esperança. Uma verdadeira história de superação, força de vontade e, sobretudo, amor a vida.


 
 
 

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